Um grupo de bibliotecários, arquivistas, historiadores e estudantes está correndo contra o tempo para ajudar a preservar a memória digital da Ucrânia. Uma reportagem do jornal The Washington Post contou a história dessa equipe de voluntários, que age para reduzir os danos causados pela invasão da Rússia ao país.
Desde o início do conflito, que começou no final de fevereiro deste ano, o grupo salva sites inteiros que podem ter as únicas cópias de uma série de documentos, produtos culturais e conteúdos hospedados e sobre a Ucrânia. Essas páginas estão bastante ameaçadas por uma série de riscos, desde ciberataques até a destruição de servidores por bombardeios.
Imagens, poemas e documentos digitalizados — incluindo até os dados do censo do país — são os principais alvos da equipe de recuperação de memória, que tem cerca de 1,3 mil membros e se chama Saving Ukrainian Cultural Heritage Online (Sucho).
Eles estão organizados via canais de Slack e realizam treinamentos constantes para novos recrutas dispostos a ajudar. As ferramentas utilizadas para salvar tudo o que é encontrado pela frente incluem um kit chamado Webrecorder e uma ferramenta mais avançada chamada Browsertrix Crawler. Segundo os responsáveis, o Wayback Machine do Internet Archive até ajuda nesses casos, mas não consegue guardar todos os links internos ou arquivos hospedados em um site.
“Andando” pelo Google Maps
Alguns dos voluntários usam até o Google Maps para navegar por ruas da Ucrânia e encontrar museus de pequeno porte, mas que possuem um site com acervos digitais que precisam de um backup.
Parte da lista de páginas salvas, que incluem um museu de memória do Holocausto, poesias e dados genealógicos do país. Fonte: SUCHO
Você pode conhecer mais do Saving Ukrainian Cultural Heritage Online (SUCHO) e visitar o catálogo já capturado pela equipe a partir do site da iniciativa.
Fonte: Techtudo.