O Banco Central (BC) revelou que as transações por Pix aumentaram 40% no ano passado na comparação com 2022, chegando aos R$ 15,3 trilhões. O número é um recorde e representa um aumento de 194% na comparação com 2021, que foi o primeiro ano completo do sistema de pagamento.
Ao final de 2023, a plataforma alcançou 158,3 milhões de brasileiros cadastrados, sendo 144,8 milhões de pessoas físicas (PJ) e 13,4 milhões de pessoas jurídicas (PJ). Deste montante, 149,3 milhões de usuários já fizeram ou pelo menos receberam um valor via Pix.
O balanço do BC ainda mostrou que 45% das quase 700 milhões de chaves Pix cadastradas são chaves aleatórias (mais de 319 milhões). Em segundo lugar aparecem os registros por CPF, que correspondem a cerca de 18% de todas as chaves cadastradas.
No mês passado, 40% das transações realizadas via Pix foram do tipo B2B (business to business), ou seja, de empresa para empresa. As transferências de pessoas físicas para pessoas físicas (P2P) aparecem em segundo lugar, correspondendo a 34%.
Pix pode substituir débito automático
Apesar dos mais de três anos de lançamento, o Pix segue sendo aprimorado pelo BC. A próxima grande novidade do sistema deve ser o Pix Automático, recurso que realizará transferências automáticas (mediante liberação dos usuários) em determinadas datas.
Em entrevista ao programa da Miriam Leitão na Globonews, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, explicou que a novidade pretende aproximar o uso do Pix ao do cartão de crédito.
“Essa utilidade irá substituir o débito automático de contas recorrentes e com periodicidade definida. Isso pode fazer com que o DDA (Débito Direto Autorizado) e o débito automático percam espaço”, afirmou Rafael Guazelli, advogado especialista em direito bancário, em entrevista à Agência Globo.
O Pix Automático estava previsto para ser lançado em abril de 2024, mas foi adiado para outubro. Segundo o BC, ainda estão sendo realizados estudos sobre como o recurso será integrado ao Pix e o papel de cada instituição.
Fonte; Tecmundo.