A Amazon acaba de alcançar a marca de 100 polos logísticos no Brasil. Só em 2024, foram abertas 31 novas unidades no país, sendo a mais recente a estação de entrega de Cuiabá (MT), inaugurada no início de agosto. A expansão visa a tornar as entregas mais eficientes e rápidas em todo o território nacional. Desde a chegada da empresa ao Brasil, a companhia investiu mais de R$ 33 bilhões nas operações do país.
Para aprimorar as entregas, a multinacional do e-commerce apostou em tecnologias de Inteligência Artificial (IA), especialmente de Machine Learning — usadas na separação inteligente de pacotes até à sugestão das melhores rotas de trânsito para os motoristas parceiros. Confira, a seguir, as novas estratégias da Amazon para os clientes receberem produtos mais rápido e no prazo.
O salto logístico da Amazon no Brasil foi necessário para acompanhar o aumento exponencial de vendedores e de produtos comercializados na plataforma. Em 2019, quando oferecia 1 milhão de produtos para compra, a Amazon contava com apenas um centro de distribuição no país. Em 2024, a quantidade de produtos saltou para mais de 100 milhões, divididos em categorias diversas, de eletrodomésticos a itens de maquiagem.
“O mercado convencional de entregas não consegue suprir toda a demanda com a qualidade e a velocidade que a Amazon consegue com seus polos logísticos próprios”, afirma o diretor de Logística da Amazon no Brasil, Rafael Caldas, em evento para jornalistas convidados na estação de entrega de Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo.
Inteligência Artificial acelera envios
As entregas da Amazon são feitas diariamente por mais de 3 mil motoristas terceirizados, que recebem treinamento especializado e auxílio de tecnologias de Inteligência Artificial por meio do programa Parceiro de Serviço de Entrega (abreviado para DSP, no inglês). Com o uso crescente de IA, de 2023 para cá a Amazon diminuiu em 50% o tempo de carregamento dos veículos, de 30 para 15 minutos, além de acelerar o tempo de rota em 5%.
Mais importante do que entregar o produto no menor tempo é garantir que o consumidor receba sua compra dentro do prazo prometido — Rafael Caldas, diretor de Logística da Amazon
Com tecnologias de Machine Learning, os motoristas associados conseguem otimizar o carregamento dos pacotes nos veículos — colocando no carro primeiro as embalagens que serão entregues por último — e têm em mãos um app que prediz, dentre milhões de possibilidades, a melhor rota a seguir pelas casas dos consumidores.
“O DSP e a IA geram um processo transparente para o motorista, com o tempo exato de estrada considerando diversos fatores, como trânsito e tempo de duração de entrega de cada pacote. Em armazéns de outras empresas pelo Brasil, o motorista geralmente chega 5 ou 6 horas da manhã e espera horas para finalizar o carregamento do carro, prejudicando tanto a entrega quanto a qualidade de vida desse trabalhador”, complementa Caldas.
Amazon na Amazônia
Em 2024, a Amazon iniciou operações na Amazônia, tonando-se a primeira do setor a entregar produtos para a população ribeirinha no entorno dos rios Negro e Amazonas. Entregadores levam os pacotes de barco até às casas flutuantes.
Segundo o diretor de Logísticas, novos investimentos estão a caminho, com ênfase em parceiros de negócios locais, como a Favela Llog, responsável por entregar produtos em Paraisópolis e outras comunidades pelo Brasil, além da possível adoção de frotas alternativas, como motos com baús maiores e carros e bicicletas elétricos.
Fonte: Techtudo.